terça-feira, 21 de julho de 2009

NOVO ENEM

O novo modelo do ENEM
Para quem ainda não sabe, a prova do ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) mudou, alguns dizem que para melhor, outros ainda nem sabem o que mudou. Por isso eu corri atrás para contar a todos vocês o que mudou. Mas calma, não entrem em pânico, apesar do prazo para que todas as universidades federais entrem nessa nova onda acaba hoje (8 de maio) o Ministério da Educação garante que quem está preparado para o modelo antigo da prova, também esta preparado para o novo.
Então confira 20 perguntas sobre a prova e fique ligado.
Por que o Enem mudou?
Segundo o MEC, o vestibular seleciona os melhores estudantes e cumpre sua função. Mas com a unificação dos vestibulares pelo novo Enem, o candidato terá mais chances de ingressar em uma universidade, pois poderá se candidatar a diversas instituições simultaneamente, com diminuição de custos - como o de taxa de inscrição e de viagens para realizar os exames. Além disso, o ministério pretende dar orientações mais claras para mudanças no ensino médio, a partir do novo Enem.
Não era possível unificar os vestibulares com o Enem da forma antiga?
Segundo o MEC, o novo formato de prova tem mais capacidade de diferenciar as habilidades dos candidatos e de selecionar os ingressantes em uma faculdade. A prova tem questões com níveis de complexidade diferentes e poderá ser comparada ano a ano, já que seguirá um padrão.
O novo Enem terá quantas questões?
Serão 200 questões objetivas com cinco alternativas. Até o ano passado, eram aplicados 63 testes de múltipla escolha.
Haverá redação?
Sim. A redação está mantida no novo Enem, no mesmo modelo dissertativo - como já ocorria nas edições anteriores.
Quando será aplicado o novo Enem?A prova está prevista para os dias 3 e 4 de outubro. A divulgação das notas nas questões de múltipla escolha ocorrerá em 4 de dezembro. O resultado final, incluindo a redação, sai no dia 8 de janeiro de 2010, diz o MEC.
O conteúdo cobrado vai mudar?
A prova continuará a avaliar habilidades e competências. O ministro Fernando Haddad já afirmou que o conteúdo cobrado deverá se aproximar um pouco do que é exigido nos vestibulares. O Enem passará, então, a exigir mais conteúdo do que nas edições anteriores.
Quais serão as matérias avaliadas?
Serão avaliadas quatro áreas do saber: linguagens, códigos e suas tecnologias (incluindo redação); ciências humanas e suas tecnologias; ciências da natureza e suas tecnologias; e matemática e suas tecnologias. Cada uma das áreas deverá ter cerca de 50 testes.
Como devo me preparar para o novo Enem?
Segundo o MEC, quem está se preparando para o Enem antigo e para os vestibulares não terá problemas na resolução da nova prova.
Vai ser preciso saber fórmulas de física e química?
De acordo com o MEC, a intenção é diminuir e até mesmo acabar com a “decoreba”. As questões deverão fornecer as fórmulas necessárias. Isso não significa que a pergunta vai ficar mais fácil! Será necessário ter bom conhecimento das disciplinas e saber, de verdade, utilizar as fórmulas.
Será preciso estudar datas históricas?
Pela proposta, a ideia não é cobrar conhecimento enciclopédico. Ou seja, os testes não deverão conter pegadinhas sobre anos ou dias de determinados fatos históricos. O que será cobrado do candidato é o conhecimento aprofundado da história, da relação entre os fatos e as implicações do conhecimento do passado no presente.
A prova terá atualidades?
Os vestibulares tradicionais e o próprio Enem antigo costumam cobrar atualidades de maneira contextualizada. Ou seja, as atualidades servem como “gancho” para formular um teste ou para o tema da dissertação. Sempre é bom estar informado, para ter facilidade ao elaborar relações entre conteúdos e construir argumentos em um texto.
O exame terá questões de inglês?
Em 2009, a prova não terá perguntas de língua estrangeira. Para 2010 são previstas perguntas de inglês e espanhol. O MEC ainda não definiu se o candidato poderá fazer a escolha entre um ou outro idioma.
Como as faculdades vão utilizar o novo Enem?
O MEC definiu quatro formas de utilização do novo Enem na seleção de estudantes. São elas:1- usar o Enem como prova única para a seleção de ingresso;2- substituir apenas a primeira fase do vestibular pelo Enem;3- combinar a nota do Enem com a nota do vestibular tradicional. Nesta modalidade, a universidade fica livre para decidir um percentual do Enem que será utilizado na média definitiva;4- usar o Enem como fase única apenas para as vagas ociosas da universidade.
Terei de escrever de acordo com as novas regras ortográficas?
Não. Segundo o decreto que regulamenta o acordo ortográfico, é possível escrever de acordo com a norma antiga até 2012. Os examinadores terão de aceitar as duas grafias.
Posso me candidatar a quantas faculdades com o novo Enem?
Será permitido que o vestibulando escolha até cinco opções de cursos em instituições de todo o país que aderirem à prova. É permitido escolher diferentes cursos em instituições distintas.
Universidades particulares e estaduais poderão adotar o novo Enem?
Sim. A adoção é aberta para as instituições que tiverem interesse. USP (Universidade de São Paulo) e Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) já informaram que não vão trocar seus vestibulares pelo novo Enem de 2009.
Como será a inscrição para os vestibulares?
O MEC vai criar um sistema na internet para a realização das inscrições. Será um sistema semelhante ao que já é usado no Prouni (Programa Universidade para Todos), que concede bolsas de estudo em universidades particulares. O processo todo será realizado pela internet.
Como sei se minha nota no Enem 2009 é suficiente para conquistar uma vaga?
O MEC informa que a nota mínima para ingresso em cada curso será atualizada diariamente, em tempo real. Assim, o candidato poderá saber se tem pontos suficientes para conquistar a vaga. Se não tiver, poderá modificar sua escolha quantas vezes desejar, até que termine o prazo de opção.
Como o ensino médio muda, depois do novo Enem?
É no ensino médio que os interessados em fazer uma faculdade se preparam. Se o processo seletivo de ingresso nas universidades mudar, as escolas terão de ensinar os estudantes. Assim, por conta de uma mudança na avaliação, o MEC pretende que ocorram mudanças no sistema de ensino.
Se o Enem quer pautar o ensino médio, quem já fez colegial terá mais dificuldade para fazer a prova?
Como a prova não exigirá domínio de conteúdos de memorização, mesmo quem já se formou poderá ter um bom desempenho. Mas a avaliação vai exigir capacidade de relacionar fatos, de aplicar conhecimentos das disciplinas e habilidades de interpretação de texto, gráficos e problemas.
Fonte: http://educacao.uol.com.br/ultnot/2009/05/06/ult1811u293.jhtm

NOVO ENEM - Mapa de Adesão

NOVO ENEM - ATUALIZADO EM 20/7/2009
Instituto Federal do Rio de Janeiro
O IFRJ vai usar o Enem para preencher 100% de suas vagas de graduação.
http://www.ifrj.edu.br/
Instituto Federal do Rio Grande do Norte
O IFRN utilizará o Enem como fase única para ingresso nos cursos de graduação.
http://www.ifrn.edu.br
Instituto Federal de Goiás
Utilizará o Enem para 20% das vagas nos cursos de graduação.
www.ifgoias.edu.br
Instituto Federal de Santa Catarina
Do total de vagas oferecidas nos cursos superiores, 20% serão destinadas a
candidatos que optem pela utilização da nota do Enem.
www.ifc.edu.br
Instituto Federal da Paraíba
O IFPB vai utilizar o Enem como fase única para ingresso nas graduações.
www.cefetpb.edu.br
Instituto Federal Sul-rio-grandense (RS)
O aluno poderá optar pela utilização da nota do Enem ou do processo seletivo
tradicional da instituição.
http://www.cefetrs.tche.br
Instituto Federal do Piauí
O IFPI vai usar o Enem para preencher 100% de suas vagas de graduação.
www.cefetpi.br
Instituto Federal do Pará
O IFPA vai usar o Enem como única forma de acesso aos cursos superiores de
tecnologia e licenciaturas.
www.ifpa.edu.br
Instituto Federal Fluminense (RJ)
O IF-Fluminense irá oferecer 50% das vagas dos cursos superiores de tecnologia
e licenciaturas para os candidatos do Enem 2009.
www.cefetcampos.br
Instituto Federal do Rio Grande do Sul
O IFRS vai usar o Enem como fase única para ingresso aos cursos de graduação.
www.ifrs.edu.br
Instituto Federal da Bahia
O IFBA vai usar o Enem para 50% das vagas oferecidas.
www.cefetba.br
Instituto Federal de Brasília
O IFB vai usar o Enem para ingresso no seu curso superior de tecnologia:
agroecologia.
www.ifb.edu.br/
Instituto Federal de Sergipe
O IFS vai usar o Enem como fase única para ingresso na graduação.
http://www.cefetse.edu.br
Instituto Federal do Maranhão
O IFMA vai usar o Enem como fase única para ingresso na graduação.
http://www.cefet-ma.br
Instituto Federal do Espírito Santo
O IFES vai usar o Enem para 20% das vagas de graduação.
www.ifes.edu.br/
Instituto Federal do Sul de Minas Gerais
O IF Sul de Minas vai usar a nota do Enem mais vestibular próprio para acesso às
graduações.
www.eafmuz.gov.br
Instituto Federal do Triângulo Mineiro
O IF Triângulo vai usar o Enem como fase única para ingresso nos cursos
superiores.
www.cefetuberaba.edu.br
Instituto Federal de Alagoas
O IFAL vai usar o Enem para 50% das vagas de graduação.
www.cefet-al.br
Instituto Federal do Norte de Minas Gerais
O IFNMG vai usar o Enem para 50% das vagas de graduação.
www.ifnmg.edu.br
Instituto Federal Goiano
O IF Goiano vai usar o Enem para 20% das vagas de graduação.
http://ifgoiano.edu.br/
Instituto Federal Farroupilha
O IF Farroupilha vai usar o Enem, mas ainda não definiu a forma.
www . iffarroupilha .edu.br /
Instituto Federal Baiano
O IF Baiano vai usar o Enem como fase única para ingresso na graduação.
www.ifba.gov.br
Instituto Federal de Pernambuco
O IFPE vai usar o Enem para 30% das vagas de graduação.
www.cefetpe.br
Instituto Federal de Sertão Pernambucano
O IF Sertão Pernambucano vai usar o Enem para 30% das vagas de graduação.
http://www.cefetpet.br/
Instituto Federal de Tocantins
O IFTO vai usar o Enem para 50% das vagas de graduação.
www.ifto.edu.br
Instituto Federal de Roraima
O IFRR vai usar o Enem como fase única para ingresso na graduação.
www.ifrr.edu.br
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
A UTFPR vai usar o Enem como fase única para ingresso a todos os seus cursos
de graduação.
www.utfpr.edu.br
Cefet Rio de Janeiro
O Cefet RJ vai usar o Enem como fase única para ingresso na graduação.
www.cefet-rj.br
Cefet Minas Gerais
O Cefet MG vai utilizar o Enem de duas formas: como fase única para a seleção
de estudantes em vagas remanescentes do vestibular e combinação da nota do
Enem com o vestibular tradicional.
www.cefetmg.br

quarta-feira, 10 de junho de 2009

O QUE É EDUCAÇÃO?


Não há forma única nem um único modelo de educação;a escola não é o único modelo de educação,aescola não é o único lugar onde ele acontece e talvés nem seja o melhor;o ensino escolar não é a sua única prática e o professor não é o seu único praticante.Em mundos diversos a educação existe diferente:em pequenas sociedades tribais de povos caçadores,agricultores ou pastores nômades;em sociedades camponesas,em países desnvolvidos e industrializados;em mundos sociais sem classes,de classes;tipos de sociedades e culturas sem Estado,com um Estado em formação ou com ele consolidando entre e sobre as pessoas.
Auto Escola BrasíliaAuto Índice de Aprovação ! Renovação de CNH DFautoescolabrasiliadf.com.brExiste a educação de cada categoria de sujeitos de um povo;ela existe em cada povo,ou entre povos que se encontram.A educação participa do processo de produção de crenças e idéias,de qualificações e especilaidades que envolvem as trocas de símbolos,bens e poderes que,em conjunto,constroem tipos de sociedades.E esta é a sua força.A educação existe onde não há a escola e por toda parte podem haver redes e estruturas sociais de transferências de saber de uma geração a outra,onde ainda não foi sequer criada a sombra de algum modelo de ensino formal e centralizado.Werner Jaeger explica "A natureza do homem,na sua dupla estrutura corpórea e espiritual,cria condições especiais para a manutenção e transmissão da sua forma particular e exige organizações físicas e espirituais,ao conjunto das quaisdamos o nome de educação.Na educação,como o homem a pratica,atua a mesma força vital,criadora e plástica,que espontaneamente impele todas as espécies vivas à conservação e à propagação de seu tipo.É nela,porém,que essa força atinge o seu mais alto grau de intensidade ,através do esforço consciente do conhecimento e da vontade,dirigidapara a consecução de um fim".Vista em seu vôo mais livre,a educação é uma fração da experiência endoculturativa.Ela aparece sempre que há relações entre pessoas e intenções de ensinar-aprender.Intenções,por exemplo,de aos poucos''''modelar'''' a criança,para conduzi-la aser o ''''modelo'''' social de adolescentes,para torná-lo mais adiante um jovem e,depois,um adulto.Todos os povos sempre traduzem de alguma maneira esta lente transfomação que a aquisição do saber deve operar.Ajudar a crescer,orientar a maturação,transformar em,tornar capaz,trabalhar sobre,domar,polir,criar,como um sujeito social,a obra,de que o homem natural é a matéria-prima.A educação aparece sempre que surgem formas sociais de condução e controle da aventurade ensinar-e-aprender.O ensino formal é o momentoem que a educação se sujeitaà pedagogia(a teoria da educação),cria situações próprias para o seu exercício,produz os seus métodos,estabelece suas regras etempos,e constitui executores especializados.É quando aparecem a escola,o aluno e o professor.Em todos os cantos do mundo,primeiro a educação existe como um inventário amplo de relações interpessoais diretas no âmbito familiar,todo o saber que se transfere pela educação circula através de trocas interpessoais,de relação física e simbolicalicamente afetivas entre pessoas.Ora,uma outra maneira de se compreender oque a educação é,ou poderia ser, procurar ver o que dizemsobre ela pessoas como legisladores,pedagogo,professores,estudantes e outros sujeitos um tanto mais tradicionalmente difíceis de entender,como filósofos e cientistas sociais.Nos dois dicionários brasileiros mais conhecidos a educação aparece definida assim:"Ação e efeito de educar ,de desenvolver as faculdades físicas,intelectuais e morais da criança e,em geral,do ser humano;disciplinamento,instrução,ensino".(Dicionário contemporâneo da língua portuguesa,caldas aulete)."Ação exercida pelas gerações adultas sobre as gerações jovens para adaptá-las a vida social;trabalho sistematizado,seletivo,orientador,pelo qual nos ajustamos à vida,de acordo com as necessidades ideais e propósitos dominantes;ato ou efeitode educar;aperfeiçoamento integral de des humanas,polidez,cortesia".9pequeno dicionário brasileiro de língua portuguesa,Aurélio buarque de holanda).Ao pretenderem estabelecer os fins da educação no país,nossos lesgisladores,pelo menos em teoria,falam sobre oque deve determinar e controlar o trabalho pedagógico em todos os seus graus e modalidade.De certo modo falam a respeito de uma educação idealizada,ou falam da educação através de uma ideologia.Mas,do outro lado do palco,intelectuais,educadores e estudantes fazem e refazem todos os dias a crítica da prática da educação no brasil.Eles levantam questões e afirmam que,do ministério á escolinha,a educação nega no cotidiano oque afirma na lei.De acordo com as idéias de alguns filósofos e educadores,a educação é um meio pelo qual o homem desenvolve pontencialidades biopsíquias inatas,mas que não atingiriam a sua pefeição( o seu amadurecimento,o seu desenvolvimento,etc)sem a aprendizagem realizada através de educação.

O QUE É PEDAGOGIA?



O primeiro passo para entendermos o que é pedagogia inclui uma revisão terminológica. Precisamos localizar o termo “pedagogia”, e ver o que cai sobre sua delimitação e o que escapa de sua alçada. Para tal, a melhor maneira de agir é comparar o termo “pedagogia” com outros três termos que, em geral, são tomados – erradamente – como seus sinônimos: “filosofia da educação”, “didática” e “educação”. O termo “educação”, ou seja, a palavra que usamos para fazer referência ao “ato educativo”, nada mais designa do que a prática social que identificamos como uma situação temporal e espacial determinada na qual ocorre a relação ensino-aprendizagem, formal ou informal.A relação ensino-aprendizagem é guiada, sempre, por alguma teoria, mas nem sempre tal teoria pode ser explicitada em todo o seu conjunto e detalhes pelos que participam de tal relação – o professor e o estudante, o educador e o educando – da mesma forma que poderia fazer um terceiro elemento, o observador, então munido de uma ou mais teorias a respeito das teorias educacionais. A educação, uma vez que é a prática social da relação ensino-aprendizagem no tempo e no espaço, acaba em um ato e nunca mais se repete. Nem mesmo os mesmos participantes podem repeti-la. Nem podem gravá-la. Nem na memória nem por meio de máquinas. É um fenômeno intersubjetivo de comunicação que se encerra em seu desdobrar. No caso, se falamos de um encontro entre o professor e o estudante, falamos de um fenômeno educacional – que é único. Quando ocorrer outro encontro do mesmo tipo, ele nunca será o mesmo e, enfim, só superficialmente será similar ao anterior. O termo “didática” designa um saber especial. Muitos dizem que é um saber técnico, porque vem de uma área onde se acumulam os saberes que nos dizem como devemos usar da chamada “razão instrumental” para melhor contribuirmos com a relação ensino-aprendizagem. A razão técnica ou instrumental é aquela que faz a melhor adequação entre os meios e os fins escolhidos. A didática é uma expressão pedagógica da razão instrumental. Sua utilidade é imensa, pois sem ela nossos meios escolhidos poderiam, simplesmente, não serem os melhores disponíveis para o que se ensina e se aprende e, então, estaríamos fazendo da educação não a melhor educação possível. Mas a didática depende da pedagogia. Ou seja, depende da área onde os saberes são, em última instância, normas, regras, disposições, caminhos e/ou métodos. O termo “pedagogia”, tomado em um sentido estrito, designa a norma em relação à educação. “Que é que devemos fazer, e que instrumentos didáticos devemos usar, para a nossa educação?” – esta é a pergunta que norteia toda e qualquer corrente pedagógica, o que deve estar na mente do pedagogo. Às vezes tomamos a palavra “pedagogia” em um sentido lato; trata-se da pedagogia como o campo de conhecimentos que abriga o que chamamos de “saberes da área da educação” – como a filosofia da educação, a didática, a educação e a própria pedagogia, tomada então em sentido estrito. Mas, de fato, é em um sentido estrito que a pedagogia nos deve interessar. Pois, quando ampliamos a extensão do termo o que resta pouco nos ajuda a entender o quadro no qual se dá a diferenciação dos saberes relativos ao ensino. A pedagogia, em um sentido estrito, está ligada às suas origens na Grécia antiga. Aqueles que os gregos antigos chamavam de “pedagogo” era o escravo que levava a criança para o local da relação ensino-aprendizagem; não era exclusivamente um instrutor, ao contrário, era um condutor, alguém responsável pela melhoria da conduta geral do estudante, moral e intelectual. Ou seja, o escravo pedagogo tinha a norma para a boa educação; se, por acaso, precisasse de especialistas para a instrução – e é certo que precisava –, conduzia a criança até lugares específicos, os lugares próprios para o “ensino de idiomas, de gramática e cálculo”, de um lado, e para a “educação corporal”, de outro. A concepção que diz que a pedagogia é a parte normativa do conjunto de saberes que precisamos adquirir e manter se quisermos desenvolver uma boa educação, é mais ou menos consensual entre os autores que discutem a temática da educação. Ela, a pedagogia, é aquela parte do saber que está ligada à razão que não se resume à razão instrumental apenas, mas que inclui a razão enquanto razoabilidade; a racionalidade que nos possibilita o convívio, ou seja, a vigência da tolerância e, mesmo, do amor. Ao falarmos, por exemplo, “não seja violento, use da razão”, queremos ser compreendidos como dizendo, “use de métodos de comunicação que são próprios do diálogo” – os métodos e normas da sociedade liberal (ideal). É esse tipo de razão ou racionalidade que conduz, ou produz, a pedagogia. A didática busca meios para que a educação aconteça e, assim, é guiada pela razão técnica ou instrumental, enquanto que a pedagogia busca nortear a educação, e é guiada pela razoabilidade, pela fixação de regras que só se colocam por conta da existência de um ou vários objetivos; no caso, objetivos educacionais, o que é posto como meta e valor em educação. Quem estabelece tais valores? Pedagogia, didática e educação estão ligadas. Mas a filosofia da educação é um saber mais independente, que pode ou não ter um vínculo com os saberes da pedagogia e da didática, ou do saber-prático (e imediato) que faz a educação acontecer. O termo “filosofia da educação” aponta para um tipo de saber que, de um modo amplo, é aquele acumulado na discussão sobre o campo educacional. Faz assim ou para colocar valores e fins e legitimá-los através de fundamentos, ou para colocar valores e fins e legitimá-los através de justificações. Há, portanto, dois grandes tipos de filosofia da educação: a filosofia da educação que serve como fundamentação para a pedagogia e filosofia da educação que serve como justificação. A filosofia da educação não está vinculada somente à razão instrumental ou à razão comunicativa liberal, mas tem como sua produtora a razão enquanto elemento que escolhe fins e, portanto, que valora. Ela pode falar em "valor de verdade" e "valor moral", pode separá-los em campos que se excluem ou não, mas, sempre, vai falar em valor e fins. A razão, aqui, é a razão que diz quais são os objetivos da educação e, então, que explicita se as normas da pedagogia podem ser mantidas ou não, e que normas são essas. Tais normais devem parecer legitimas, caso contrário, pelo menos em princípio, elas não terão seguidores. O que as torna legítimas? Um discurso – o discurso filosófico, a filosofia da educação ou fundacionista ou justificadora. Se a legitimação da pedagogia se dá através de uma metafísica que encontra um fundamento último para que a educação se processe de uma maneira e não de outra, dizemos que a filosofia da educação fundamenta a pedagogia e, conseqüentemente, a educação. Se a legitimação da pedagogia se dá através de um conjunto de argumentos que tentam justificá-la, sem requisitar um ponto arquimediano metafísico, então dizemos que a filosofia da educação justifica a pedagogia e, conseqüentemente, a educação.Se nós acreditamos, por exemplo, no âmbito da filosofia da educação, que “somos iguais porque todos nós somos filhos de Deus” ou que “somos iguais porque somos todos seres humanos” ou que “somos iguais porque todos possuímos, diferentemente dos animais, razão”, podemos então, no âmbito da fixação de normas pedagógicas, dizer que nossa educação “tem como objetivo não destruir nossa igualdade original”. A igualdade baseada na origem divina, ou baseada na noção de ser humano ou na posse de algo que poderia chamar “razão”, funcionam, neste caso, como fundamentos metafísicos para uma pedagogia igualitária. Mas se alguém diz que tal crença metafísica não é algo que podemos crer à luz de crenças mais convincentes, e se nós não queremos abandonar a nossa pedagogia igualitária, então nos cabe ou convencer nosso interlocutor da validade do ponto metafísico (o que implica em refazer o sistema filosófico adotado) ou, então, argumentar de modo a justificar que a igualdade como fim da educação vale a pena, por exemplo, porque ela possibilitará um mundo com menos injustiça, um mundo melhor – usamos aí um argumento pragmático, que não implica qualquer metafísica. Assim, uma mesma pedagogia (uma pedagogia igualitária, por exemplo), pode ter discursos legitimadores diferentes, isto é, filosofias da educação diferentes. Quem legitima a pedagogia pode apelar para a fundamentação ou para a justificação. Uma tal reflexão – a de como a pedagogia se legitima - é própria da “área da filosofia da educação”. É o trabalho próprio aos filósofos da educação. Não raro, é uma discussão que envolve argumentos técnicos em filosofia e, portanto, não produz um saber que possa ser de domínio imediato dos que estão executando a relação ensino-aprendizagem, embora os professores conheçam, ao menos, as máximas filosófico-pedagógicas que escapam do domínio técnico e lhes caem nos ouvidos, e, assim, eles ficam satisfeitos com suas pedagogias. Não raro, uma única máxima filosófico-pedagógica guia uma vida inteira de trabalho de um professor. Que não se tire daí a conclusão que os professores devem apenas saber didática, ou, ao contrário, que vão ser “críticos” e bem mais capazes se souberem filosofia da educação, seja esta fundacionista ou justificadora. O saber de cada professor varia. Uns podem ter uma aptidão melhor para a reflexão filosófica, e serem desajeitados para o trabalho que implica forte aptidão didática, outros podem dominar os trâmites das normas da pedagogia, e não terem gosto pela reflexão da filosofia da educação. Outros, ainda, podem ser práticos, meramente práticos, e se saírem bem em resultados de aproveitamento com os alunos. O importante é que, na formação dos professores, se saiba que empregamos todos os tipos de racionalidades que temos em nossa linguagem (a instrumental, a da tolerância e a que fixa objetivos e valores), e que a formação deve ser harmoniosa, pois tem tudo, em suas vestes originais, para ser harmoniosa – pois fazer educação nos leva, sempre, para os quatro saberes acima apontados, e para o emprego das três formas de racionalidade. A harmonia não vem de separarmos, eqüitativamente, o que cada professor precisa saber em filosofia da educação, pedagogia, didática e ensino (educação). A harmonia vem, sim, da nossa capacidade de termos políticas educacionais que cultivem as instituições de formação de professores que protegem uma cultura onde os quatro saberes acima descritos não fiquem a descoberto, nas mãos de leigos. Tal cultura, sem que seja preciso qualquer reunião formal, será o fator determinante de convergência das conversações, no interior das instituições onde se dá a formação do professor, e ela poderá criar legiões de bons professores, em graus diferentes de aptidões. Isso vale para qualquer instituição de ensino que forma professores.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Conheça o Crato



Crato, cidade situada no sul do Ceará, ao sopé da Serra do Araripe e berço da Nação Kariri, foi fundada em 1764. É considerada a Capital da Cultura do Ceará e conhecida como a Princesinha do Cariri. Possui cerca de 120 mil habitantes. Cercada pela deslumbrante Chapada do Araripe, com altitude de 430 metros e clima ameno, Crato é destino certo para quem deseja desfrutar das belezas e da tranqüilidade que a natureza pode oferecer. É também berço de personagens ilustres, como Padre Cícero, Dona Bárbara de Alencar, Tristão Gonçalves e o Brigadeiro Leandro Bezerra Monteiro, e cenário de fatos importantes da história nordestina como a Contra-Revolução de 1817, Baixa Dantas e o Sítio Caldeirão do Deserto do Beato José Lourenço.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

....AMOR VERDADEIRO.... ( Companhia )








Chega à madrugada
Uma emoção toma conta de mim
Sinto o silêncio penetrar minha alma
Começo a relembrar toda minha história
Momentos em que procurava por alguém
Não tinha nem idéia de quem
Apenas queria ser amado
Demorou muito tempo e hoje tenho você ao meu lado
Amor verdadeiro
Amor ardente
Amor que se faz presente
Amor que sempre sonhei
O dia começa a nascer
Olho para o lado e vejo você
Que sem perceber completa o meu ser
Mais um dia chegou....
Para minha alegria.
Em poder contar com sua COMPANHIA...
Guto Buarque

terça-feira, 28 de abril de 2009

Com Amor

"E, sobre tudo isto, revesti-vos de caridade, que é o vinculo da perfeição." - Paulo. (COLOSSENSES, 3:14.)
Todo discípulo do Evangelho precisará coragem para atacar os serviços da redenção de si mesmo.
Nenhum dispensará as armaduras da fé, a fim de marchar com desassombro sob tempestades.
O caminho de resgate e elevação permanece cheio de espinhos.
O trabalho constituir-se-á de lutas, de sofrimentos, de sacrifícios, de suor, de testemunhos.
Toda a preparação é necessária, no capitulo da resistência; entretanto, sobre tudo isto é indispensável revestir-se nossa alma de caridade, que é amor sublime.
A nobreza de caráter, a confiança, a benevolência, a fé, a ciência, a penetração, os dons e as possibilidades são fios preciosos, mas o amor é o tear divino que os entrelaçará, tecendo a túnica da perfeição espiritual.
A disciplina e a educação, a escola e a cultura, o esforço e a obra, são flores e frutos na árvore da vida, todavia, o amor é a raiz eterna.
Mas, como amaremos no serviço diário?
Renovemo-nos no espírito do Senhor e compreendamos os nossos semelhantes.
Auxiliemos em silêncio, entendendo a situação de cada um, temperando a bondade com a energia, e a fraternidade com a justiça.
Ouçamos a sugestão do amor, a cada passo, na senda evolutiva.
Quem ama, compreende; e quem compreende, trabalha pelo mundo melhor.

Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Vinha de Luz. Ditado pelo Espírito Emmanuel. Lição 5. Edição Internet baseada na 14a edição (Download do livro em http://www.febnet.org.br/). Rio de Janeiro, RJ: FEB. 1996.